Hannah Gadsby (Foto: Divulgação)
POR TIAGO BARBOSA
O avanço da luta por igualdade e respeito às questões de identidade cassou a liberdade ilimitada do humor para fazer rir com piadas de conteúdo ofensivo e discriminatório.
Referências calcadas na ridicularização racial, sexual ou social têm sido continuamente expurgadas de formatos outrora comuns sob pena de submeter autores à execração pública por uma sociedade atenta e intolerante aos maus-tratos verbais.
Mas o despertar civilizatório não é unânime. É comum testemunhar stand ups e manifestações de humoristas repletos de expressões preconceituosas e menções hostis a fatias da população já historicamente oprimidas.
Comentários racistas, misóginos, homofóbicos ou oportunistas confrontam o bom senso sob o pretexto frágil de enfrentamento ao “politicamente correto” – expressão geralmente reduzida a censura criativa por quem se revela indiferente à dignidade alheia.
O debate sobre o valor do riso extraído da dor humana – mesmo quando o autor faz da
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