POR MIGUEL ENRIQUEZ
Decorridos 34 anos da redemocratização, o Brasil assiste estupefato ao surgimento de uma chapa puro sangue de extrema direita disputando a corrida presidencial.
Defensores da ditadura militar que por duas décadas controlou com mão de ferro o país, os candidatos do PSL, o capitão da reserva Jair Bolsonaro e o general de pijama Hamilton Mourão, não apenas estimulam as viúvas de 1964, que pregam uma nova intervenção militar, como se identificam e glorificam torturadores.
O mais tristemente famoso deles é o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, responsável pela prisão de mais de quinhentos brasileiros e pela morte de cinquenta no tempo em que comandou o Doi-Codi, em São Paulo, no início dos anos 1970.
Na origem desse fenômeno, seguramente está a forma como foi negociada a transição do regime militar para o civil. A começar pela anistia ampla, geral e irrestrita, que nivelou e
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