Vidiadhar Surajprasad Naipaul (Foto: Reprodução/Facebook)
Publicado originalmente no perfil do Facebook do autor
POR LUIS FELIPE MIGUEL, professor de Ciência Política na UnB
Durante um tempo, eu fui absolutamente fascinado por Joseph Conrad. Foi quando Naipaul começou a ser publicado no Brasil, anunciado como “o novo Conrad”.
Nem de longe, na minha opinião, embora fosse um prosador competente, bom criador de personagens e situações, muito acima da média. Mas sua simpatia pelo colonialismo e seu desprezo mal-disfarçado pelas próprias origens (nasceu em Trinidad e Tobago, de família indiana) tornam difícil ter ânimo de abrir seus livros.
Dizem também que era uma pessoa intragável. O obituário que a Folha publica hoje traz o seguinte trecho: “Em entrevista à Folha, em 1994, indagado sobre a dificuldade de ser escritor num país colonial, respondeu: ‘Tenho uma carreira de 40 anos. Sou mais importante que muitos escritores. Você não pode falar disso comigo. Minha família
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