Marina Silva e Ciro Gomes. Foto: AFP
A principal façanha política do campo conservador é fazer a militância de esquerda pensar com a cabeça da direita. As críticas contra a campanha de Haddad giram em torno de temas pré-definidos pela própria direita: “dependência de Lula”, “corrupção”, “inexperiência”, “extremismo”, “Venezuela”.
A influência é tamanha a ponto de fazer o eleitor progressista ignorar o desprezo e os ataques da direita para endossar críticas de forma descontextualizada e legitimar estereótipos plantados maliciosamente pelos conservadores.
Só esse fenômeno, por exemplo, é capaz de fazer a Venezuela se tornar essencial na disputa brasileira. Veja: a Argentina neoliberal quebrou, tem 1/3 de pobres. Mas a direita omite a penúria dos hermanos e manda a esquerda se preocupar com a Venezuela. E os progressistas obedecem.
O PT passou 14 anos no poder e nunca deu sinais antidemocráticos. Mas a direita consegue fazer o eleitorado temer, a despeito
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