Antes de vir para a França, eu tinha medo de ser alvo de racismo. Minha pele não é branca e meus traços podem ser facilmente confundidos com alguém do Oriente Médio, do Paquistão ou do norte da África, lugares estigmatizados de terrorismo. E por que o medo na França? Porque depois de inúmeros atentados, a “ameaça terrorista” parecia ter virado salvo-conduto para uma caça às bruxas. O que eu temia aconteceu.
A primeira vez foi em setembro do ano passado. Estava na fila para entrar numa balada em Paris. Na minha frente, estava um grupo de rapazes que não falavam bem nem francês, nem inglês. Eram morenos como eu. Tinham barba. Quando chegou a vez de entrar, um deles tomou
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