Marielle Franco. Foto: Wikimedia Commons
A disputa de narrativas em torno da execução de Marielle Franco evoca atitudes e afetos diversos. Dos que compõem os grupos de pessoas e causas pelos quais lhe roubaram a vida, exige-se, sobretudo, ética. Não nos é permitido chafurdar em disputas de likes no noticiário carniceiro.
Do campo da esquerda, no qual ela buscou abrigo para vociferar que era mulher, negra e de favela, atenta ainda às questões LGBT, de religiões de matriz africana, de direitos humanos e de segurança pública, espera-se escuta ética e aquiescência para compreender que Marielle encarnava o sujeito alquímico, nominado pela antropóloga Mary Garcia Castro, nos anos 1990.
Ao mesmo tempo, uma narrativa de direita briga por espaço no imaginário dos brasileiros. Esta construção é capitaneada pela mídia golpista que busca esvaziar Marielle Franco de suas complexidades humanas e políticas, tornando-a “mártir de todos”, vítima da violência e da corrupção em espectro amplo,
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